O Livro RPG: The Covenant Sistema Storyteller Livro: The Damnation Os Bruxos Samara de Lucca, Phillip Crowley, Mark Cantrell, Terra, Ar Os Inquisitores Francine Bonnavitti,James Cademius Sprenger Direitos Autorais: © Todosos direitos são reservados. Os direitos autorais são protegidos pela Lei nº 9.610 de 19/2/98. Violá-los é crime estabelecido pelo Artigo 184 do Código Penal Brasileiro. Se você quiser copiar, não esqueça de divulgar a autoria.
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2:07 PM Barcelona, 28 de outubro de Manuella Ortega: *Os ladrilhos que levavam até a residencia dos Ortega pareciam adquirir um tom de limo conforme a localização da casa ia se fazendo visivel. Os gritos já podiam ser escutados a alguns metros de distância antes do aproximar ao largo portão de metal antigo. Uma voz tão infantil quanto a de uma criança de 5 anos, gritava esganiçadamente. E se misturava com outra tão grave quanto os trovões de noites chuvosas. * Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.. venha venha venha... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh.. *Dentro da residência a expresão de medo e deselo era total. A Sra Ortega permanecia sentada na poltrona perto da janela, olhava o vidro embaçado, tendo a visão do céu limpo e claro. E os olhos vermelhos e marejados pareciam pedir socorro do céu. Tapava os ouvidos sacodindo o próprio corpo num choro compulssivo enquanto os gritos continuavam e era abraçada por Rosa, a filha mais velha.. que olhava para a escada, de onde vinha o pesadelo daquela família católica a alguns dias. As escadas onde o tapete carmim jazia torto com alguns dos grampos que o prendiam a escada soltos dava para o quarto de Manuella. Onde o Sr. Ramon Ortega havia acabado de entrar levando consigo apenas Tomás. Namorado de Manuella que permanecia junto da família todo esse tempo.* O que foi papai?! * A voz distorcida da jovem fazia o rosto outrora belo se contrair em caretas disformes quando os olhos que variavam entre o contrair e o arregalar posicionava-se sobre os do pai... e ela caminhava arranhando a parede ferindo os dedos devido a força que fazia no cimento* Não estou boa para ser a sua putinha hoje?! * E o rosto se desfazia das caretas para voltar ao rosto doce de Manuella* Me ajude.. * a voz saia num murmurar e logo era atrapalhada pela gargalhada histérica que vinha seguida do rasgar da frente da camisola com as mãos feridas, sujando o tecido amarelo claro de um vermelho amarronzado* ME FODA! Manuella: *Os ruidos continuavam vindo da casa, e aumentavam a cada segundo que passava. Ao vislumbrar o ceu para indagar ao criador se ele desceria para salvar sua cria Alessia pode ter uma visão da janela do quarto de Manuella. Vidros embaçados. Numa manhã amena de sol, os vidros da janela estavam embaçados comos e acometidos por um frio cortante e não havia suporte para ar condicionado. Apenas os gritos em vozes estridentes e finas que vinham acaompanhadas do grunir violento quando a segunda voz saia ao mesmo tempo que a avoz esganiçadamente infantil* Cria!!!!!!!!! *uma voz grave como os guturais, e os olhos de Manuella saiam da direção do pai para verter na direção da janela. Sr. Ramon deu dois passos na direção da jovem e o virar de subito do rosto da menina em sua direção o fez caminhar para trás o rosnar da boca que se abria num grunir assustador mantendo Tomas encostado na parede a fazer o sinal da cruz. Manuella caminhava na direção da janela. Os dedos arranhando a parede, arrancando o papel de parede em motivos florais, o cimento que vinha junto ferindo o dedo outrora delicado..e o bater espalmado contra o vidro da janela quase a parti-lo* Criaaa..... *murmurava numa mistura de vozes como se tres pessoas falassem ao mesmo tempo, e os olhos vislumbravam a mulher de cabelos negros que estava nos portões da residência. A boca ferida se abria num sorriso exibindo os dentes quebrados pelas tentativas de comer a parede e desenhava sinais com o dedo no vidro embaçado da janela* venha.. venha..venha.. criaaa.. *a voz sibilosa como a voz das serpentes deslizava pela garganta sorrateiramente* Alessia: *Uma,duas batidas firmes que ressoavam na madeira da porta..O olhar que se pregara no céu possuíam um tom desafiante e zombador de ser, olhar tão escuro como os próprios cabelos que caíam as costas...E a porta continuara fechada durante o pequeno diálogo com Deus..como quase sempre,muito ocupado para respostas rápidas...A jovem deixava um suspiro escapar com o entreabrir dos lábios, não cultivava a paciência como uma de suas virtudes favoritas..e aquela maldita porta ainda não fora aberta...Mas que importava a porta se era da janela de cima que vinha sua resposta?? a voz rasgada se misturava em um brado ao ar, se fazendo ouvir tão perto como se estivesse ali,ao lado de Alessia...e o grunhir respondia a suas palavras, quase como se pudesse farejar o cheiro dela, o cheiro de quem vinha visitá lo..ou seria visitá los? Num semicerrar dos olhos erguidos fitava a janela embaçada do quarto e sorria* Hic est dies....Este é o dia do seu fim...Me esperava não é?? Te fiz esperar demais?? *a resposta vinha no tom alto da voz de Alessia, que mirava os sinais desenhados no vidro embaçado...era um chamado, um convite mais que feito...Não tinha como recusar, não não...* Manuella: *O ruido da porta de madeira se abrindo se fazia escutar e a fisionomia da jovem rosa surgia diante de Alessia. Com a porta aberta os gritos vindo do andar de cima pareciam ficar ainda maiores. E a garota tremia. Era uma jovem alta, com profundas olheiras em decorrecia de noites mal dormidas devido a molestia da irmã caçula. O som do choro compulsivo da Sra. Ortega tambem poderia chegar aos ouvidos de Alessia. Quando novo grunir se fazia escutar lá de cima, e o som de algo que se chocava na parede* Manuella não!!! *O grito de um pai desesperado vinha do andar de cima e o jovem Tomas descia as escadas correndo tentando segurar a boca para conter a ansia do vômito que vinha aos jorros nos ultimos degraus, Rosa virava-se para tras segurando a porta aberta, dando a Alissa a visão da casa classe média de moveis antigos, a jovem não sabia quem era a mulher, mas devido a doença da irmã, não recebiam mais visitas que não do padre diego, então ela devia ser alguma indicada pelo padre. Tv não seria, não haviam câmeras* Veio ver a Manuella? *murmurava sem conseguir olhar para a mulher em espanhol* Veio ajudar a minha irmã? Alissa: *E finalmente a porta se abria..o primeiro passo em direção aquele encontro que prometia ser afetuoso como nenhum outro...ah sim, Alessia não tinha dúvidas..Da porta entreaberta surgia a figura de uma garota, um rosto de traços finos que estampava cansaço e desgaste..e antes que pudesse dizer algo mais a ela, o olhar corria a procura do choro que inundava o interior da casa sem avisos..Caos..ele estava em toda parte, em cada uma das paredes antigas daquele lugar, em cada um dos degraus da escada por onde um rapaz surgia e agora dobrava o corpo para o próprio vômito...Alessia erguia o olhar mais uma vez para cima, para o teto desgastado da sala..era de lá que vinha o som,o estertor e o gritos..Por um instante esquecia da voz da garota e sua pergunta e apenas entrava na casa com passos decididos* Sou a única ajuda que a sua irmã terá agora...Quantos são na casa? *Modos? Alessia os esquecia em casa se algum dia os teve...palavras de consolo? tampouco saíam da boca da jovem, apenas o olhar se mantinha no rosto cansado da garota, desviando se para a mulher em prantos por hora* Alessia: *Abafado, o próprio ar da casa parecia se recusar a circular, se mantinha gélido e áspero ao roçar da pele, o cheiro de lágrimas e vômito logo se dissolviam nele, impregnando as narinas que pediam pelo repuxar do ar.Quatro...a garota acabava de dizer que eram quatro deles ali, quatro marionetes na peça de horrores particular..Deviam se contorcer a cada gesto e grito dado, noites em claro sem saber o que fazer...Como parar, a quem culpar? Alessia conhecia o enredo..bastava olhar para o rosto de sofrimento da mãe perdida em preces, agonia sem respostas..*....Ele não irá te responder..*a voz da jovem beirava delicadamente os lábios, doce e amarga ao mesmo tempo..* quatro são e resta um..Quero que fiquem aqui..Quero que me diga que não irão até o quarto da criança..*falava pausadamente ao pousar o olhar para as duas mulheres, mãe e filha..havia certo controle doce na voz de Alessia* Muito menos você...*tomava a direção das escadas a subir os primeiros degraus envoltos do vômito do rapaz trêmulo...não,certamente ele não subiria mais*
*Open your mind.*
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