O Livro

RPG: The Covenant

Sistema Storyteller

Livro: The Damnation

Os Bruxos Samara de Lucca, Phillip Crowley, Mark Cantrell, Terra, Ar

Os Inquisitores Francine Bonnavitti,James Cademius Sprenger

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The Covenant RPG

2:07 PM

Barcelona, 28 de outubro de 2006. A manhã de temperatura amena no centro da cidade. A igreja havia recebido informações sobre mais um caso de heresia. Uma jovem que ao que todos diziam estava servindo de hospedeiro para o próprio demônio. Segundo os arquivos da igreja, a garota falava com três vozes distintas. E idiomas tão antigos quanto a própria bíblia, que seria difícil para que ela tomasse conhecimento. O Bispo Dom Lucas recebera as noticias na própria sede do Vaticano e isto estava começando a fugir dos limites e do controle da Santa Madre Igreja. Os indícios levavam até Ciutat Vella no bairro Gótico. Onde Manuella Ortega residia. Os parentes já não sabiam mais o que fazer. A própria garota era católica fervorosa, os pais também e isto culminou no chamado do padre Diego. O padre solicitou a permissão da família para realizar o exorcismo, havia conceguido a permissão dos pais de Manuella para tal ato e a família da garota. A própria garota havia permitido em alguns dos poucos estados de lucidez que tinha conseguido. Mas o Bispo acreditava que havia algo mais. A uma cúpula já havia se reunido para resolver sobre o assunto do Damnation, e segundo informações que a santa madre igreja tinha vergonha de assumir para si mesma suas fontes, sabiam dos períodos de conjunções e sabiam principalmente que estava se aproximando o dia do Sabath. E com o Sabath o momento proprício para a reunião dos 5 Covenants e isto não poderia contecer. Eles já haviam falhado desta vez em intercepta-los na idade de transição e agora tudo se tornava arriscado demais. Ele sabia que estes casos de possessão só se agravariam, agora que o Sabath estivesse para começar. Lúcifer e seus asseclas iriam tentar retornar a este mundo de qualquer forma e impedir a glorificação de Deus. O mais certo, era enviar um dos seus melhores. Que ele estudasse o caso. E exterminasse o hospedeiro se assim julgasse procedente.

Manuella Ortega: *Os ladrilhos que levavam até a residencia dos Ortega pareciam adquirir um tom de limo conforme a localização da casa ia se fazendo visivel. Os gritos já podiam ser escutados a alguns metros de distância antes do aproximar ao largo portão de metal antigo. Uma voz tão infantil quanto a de uma criança de 5 anos, gritava esganiçadamente. E se misturava com outra tão grave quanto os trovões de noites chuvosas. * Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.. venha venha venha... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh.. *Dentro da residência a expresão de medo e deselo era total. A Sra Ortega permanecia sentada na poltrona perto da janela, olhava o vidro embaçado, tendo a visão do céu limpo e claro. E os olhos vermelhos e marejados pareciam pedir socorro do céu. Tapava os ouvidos sacodindo o próprio corpo num choro compulssivo enquanto os gritos continuavam e era abraçada por Rosa, a filha mais velha.. que olhava para a escada, de onde vinha o pesadelo daquela família católica a alguns dias. As escadas onde o tapete carmim jazia torto com alguns dos grampos que o prendiam a escada soltos dava para o quarto de Manuella. Onde o Sr. Ramon Ortega havia acabado de entrar levando consigo apenas Tomás. Namorado de Manuella que permanecia junto da família todo esse tempo.* O que foi papai?! * A voz distorcida da jovem fazia o rosto outrora belo se contrair em caretas disformes quando os olhos que variavam entre o contrair e o arregalar posicionava-se sobre os do pai... e ela caminhava arranhando a parede ferindo os dedos devido a força que fazia no cimento* Não estou boa para ser a sua putinha hoje?! * E o rosto se desfazia das caretas para voltar ao rosto doce de Manuella* Me ajude.. * a voz saia num murmurar e logo era atrapalhada pela gargalhada histérica que vinha seguida do rasgar da frente da camisola com as mãos feridas, sujando o tecido amarelo claro de um vermelho amarronzado* ME FODA!

Alessia:*Luz.A claridade do dia despontava no céu com ferocidade, atingia as cores das casas,dos jardins e das ruas estreitas...Cidade pequena, do tipo em que crianças ainda brincam nas calçadas junto ao pouco movimento das ruas.Um cenário típico de calmaria, como adivinhava ser todas as manhãs naquele lugar...a brisa amena que agora afagava os cabelos escuros dizia isso e repetia ao circular os passos que feitos..Calmaria? acabava de cruzar o seu limite ao passar pelo portão da propriedade, um fraco ranger do metal e a passagem era cedida sem resistência.Só podia ser aquela a casa..não precisava mais de indicações certas, bastava sentir.E a sensação permeava por cada parte sua, aguçava os sentidos e beirava o contorno dos lábios num meio sorriso..O prazer era tão palpável como se pudesse tocar o ar.Alessia, ela e mais ninguém tinha sido escolhida para o caso..Queriam livrar se dele de qualquer modo..e se todos os meios eram válidos..quem faria melhor o serviço? 'Exorcismus'...a palavra em latim saía muda da boca jovem, ao mesmo instante em que vinham os gritos abafados em sua direção, agudos como arranhões e lascas de vidro cortante* Ouves? é uma de suas crias desgarradas...*Erguia o olhar uma última vez para o céu cinicamente límpido, claro como a graça de Deus que os padres pregavam..meneava a cabeça levemente e sem mais, batia firmemente na porta fechada da casa...Os gritos pareciam cessar por hora..* Não vens salvá-la..?

Manuella: *Os ruidos continuavam vindo da casa, e aumentavam a cada segundo que passava. Ao vislumbrar o ceu para indagar ao criador se ele desceria para salvar sua cria Alessia pode ter uma visão da janela do quarto de Manuella. Vidros embaçados. Numa manhã amena de sol, os vidros da janela estavam embaçados comos e acometidos por um frio cortante e não havia suporte para ar condicionado. Apenas os gritos em vozes estridentes e finas que vinham acaompanhadas do grunir violento quando a segunda voz saia ao mesmo tempo que a avoz esganiçadamente infantil* Cria!!!!!!!!! *uma voz grave como os guturais, e os olhos de Manuella saiam da direção do pai para verter na direção da janela. Sr. Ramon deu dois passos na direção da jovem e o virar de subito do rosto da menina em sua direção o fez caminhar para trás o rosnar da boca que se abria num grunir assustador mantendo Tomas encostado na parede a fazer o sinal da cruz. Manuella caminhava na direção da janela. Os dedos arranhando a parede, arrancando o papel de parede em motivos florais, o cimento que vinha junto ferindo o dedo outrora delicado..e o bater espalmado contra o vidro da janela quase a parti-lo* Criaaa..... *murmurava numa mistura de vozes como se tres pessoas falassem ao mesmo tempo, e os olhos vislumbravam a mulher de cabelos negros que estava nos portões da residência. A boca ferida se abria num sorriso exibindo os dentes quebrados pelas tentativas de comer a parede e desenhava sinais com o dedo no vidro embaçado da janela* venha.. venha..venha.. criaaa.. *a voz sibilosa como a voz das serpentes deslizava pela garganta sorrateiramente*

Alessia: *Uma,duas batidas firmes que ressoavam na madeira da porta..O olhar que se pregara no céu possuíam um tom desafiante e zombador de ser, olhar tão escuro como os próprios cabelos que caíam as costas...E a porta continuara fechada durante o pequeno diálogo com Deus..como quase sempre,muito ocupado para respostas rápidas...A jovem deixava um suspiro escapar com o entreabrir dos lábios, não cultivava a paciência como uma de suas virtudes favoritas..e aquela maldita porta ainda não fora aberta...Mas que importava a porta se era da janela de cima que vinha sua resposta?? a voz rasgada se misturava em um brado ao ar, se fazendo ouvir tão perto como se estivesse ali,ao lado de Alessia...e o grunhir respondia a suas palavras, quase como se pudesse farejar o cheiro dela, o cheiro de quem vinha visitá lo..ou seria visitá los? Num semicerrar dos olhos erguidos fitava a janela embaçada do quarto e sorria* Hic est dies....Este é o dia do seu fim...Me esperava não é?? Te fiz esperar demais?? *a resposta vinha no tom alto da voz de Alessia, que mirava os sinais desenhados no vidro embaçado...era um chamado, um convite mais que feito...Não tinha como recusar, não não...*

Manuella: *O ruido da porta de madeira se abrindo se fazia escutar e a fisionomia da jovem rosa surgia diante de Alessia. Com a porta aberta os gritos vindo do andar de cima pareciam ficar ainda maiores. E a garota tremia. Era uma jovem alta, com profundas olheiras em decorrecia de noites mal dormidas devido a molestia da irmã caçula. O som do choro compulsivo da Sra. Ortega tambem poderia chegar aos ouvidos de Alessia. Quando novo grunir se fazia escutar lá de cima, e o som de algo que se chocava na parede* Manuella não!!! *O grito de um pai desesperado vinha do andar de cima e o jovem Tomas descia as escadas correndo tentando segurar a boca para conter a ansia do vômito que vinha aos jorros nos ultimos degraus, Rosa virava-se para tras segurando a porta aberta, dando a Alissa a visão da casa classe média de moveis antigos, a jovem não sabia quem era a mulher, mas devido a doença da irmã, não recebiam mais visitas que não do padre diego, então ela devia ser alguma indicada pelo padre. Tv não seria, não haviam câmeras* Veio ver a Manuella? *murmurava sem conseguir olhar para a mulher em espanhol* Veio ajudar a minha irmã?

Alissa: *E finalmente a porta se abria..o primeiro passo em direção aquele encontro que prometia ser afetuoso como nenhum outro...ah sim, Alessia não tinha dúvidas..Da porta entreaberta surgia a figura de uma garota, um rosto de traços finos que estampava cansaço e desgaste..e antes que pudesse dizer algo mais a ela, o olhar corria a procura do choro que inundava o interior da casa sem avisos..Caos..ele estava em toda parte, em cada uma das paredes antigas daquele lugar, em cada um dos degraus da escada por onde um rapaz surgia e agora dobrava o corpo para o próprio vômito...Alessia erguia o olhar mais uma vez para cima, para o teto desgastado da sala..era de lá que vinha o som,o estertor e o gritos..Por um instante esquecia da voz da garota e sua pergunta e apenas entrava na casa com passos decididos* Sou a única ajuda que a sua irmã terá agora...Quantos são na casa? *Modos? Alessia os esquecia em casa se algum dia os teve...palavras de consolo? tampouco saíam da boca da jovem, apenas o olhar se mantinha no rosto cansado da garota, desviando se para a mulher em prantos por hora*

Manuella: *O jovem ainda dobrava-se nos ultimos degraus a por para fora tudo que lhe restava no estomago, e então o silêncio. Tudo parava como se nunca houvesse existido enfermidade. A pobre senhora ortega não conseguia responder tão pouco retirar os olhos do vidro, enquanto balançava o corpo pedindo perdão a deus em suas preces consecutivas e sem efeitos. Rosa dava passagem para a mulher que dizia que seria a unica ajuda que sua irmã teria, e seu estado mental de cansaço sequer a permitia pensar ou agir de outro modo. Fechava a grande porta tão logo a mulher e4ntrava perguntando quantos eram na casa. Demorou pouco mais que o convencional para se concientizar da pergunta, depois de cobrir o nariz pelo odor do vomito de Tomas que agora sentava no ultimo degrau da escada, sem se importar se sujava a calça no proprio vômito. Os olhos assustados, vidrados no chão, sequer se davam conta da mulher que estava parada na sala* somos.. *respirava pela boca enquanto tentava se recompor* quatro.. mas Manuella lá em cima, Senhora. *os olhos não iam para os da inquisitora.,. ao contrario buscavam o teto. enquanto as mãos delicadamente finas iam na direção da mãe buscando acalenta-la.. e o silêncio. nada alem do enorme silencio que se fazia agora na casa, talvez um silêncio para esperar a convidada sem convites. * Ela.. ela está lá em cima senhora..

Alessia: *Abafado, o próprio ar da casa parecia se recusar a circular, se mantinha gélido e áspero ao roçar da pele, o cheiro de lágrimas e vômito logo se dissolviam nele, impregnando as narinas que pediam pelo repuxar do ar.Quatro...a garota acabava de dizer que eram quatro deles ali, quatro marionetes na peça de horrores particular..Deviam se contorcer a cada gesto e grito dado, noites em claro sem saber o que fazer...Como parar, a quem culpar? Alessia conhecia o enredo..bastava olhar para o rosto de sofrimento da mãe perdida em preces, agonia sem respostas..*....Ele não irá te responder..*a voz da jovem beirava delicadamente os lábios, doce e amarga ao mesmo tempo..* quatro são e resta um..Quero que fiquem aqui..Quero que me diga que não irão até o quarto da criança..*falava pausadamente ao pousar o olhar para as duas mulheres, mãe e filha..havia certo controle doce na voz de Alessia* Muito menos você...*tomava a direção das escadas a subir os primeiros degraus envoltos do vômito do rapaz trêmulo...não,certamente ele não subiria mais*



Das páginas do Damnation

0 :...Vc é um desperto?...:



*Open your mind.*